Confúcio e Aristóteles



Talvez o grande impedimento para um ocidental compreender (e aceitar) o saber chinês como uma forma lógica e válida de pensar filosófico é, justamente, o desconhecimento que dele temos. Somam-se a esta condição alguns séculos em que a cultura ocidental fomentou a idéia de uma “superioridade intelectual” sobre as outras civilizações, criando uma barreira ideológica para a investigação de toda e qualquer outra forma de saber que não se incluísse em sua tradição (Shaw, 1978).
Esta postura, que só recentemente tem sido revista, nos coloca na difícil tarefa de realizar um trabalho sobre o pensamento chinês que possa, de certa maneira, ser aceito e avaliado dentro dos critérios desta que (a primeira vista) poderia ser tida como grande “antagonista” (e será?) dos “saberes asiáticos”, a Filosofia.
A questão aqui presente nesta Tese não trata de afirmar ou negar o valor de uma sobre a outra. Muito menos, de realizar comparações estéreis que deixam ao terreno da especulação as possíveis conexões entre os saberes de Ocidente e Oriente. Admitimos, aqui, a anuência da Filosofia como o nosso guia primeiro nesta busca pelo conhecimento, pois somos ocidentais; mas o ponto para onde queremos convergir é o da possibilidade de existir uma identidade bem mais profunda entre essas “sabedorias” (palavra esta tão banalizada que seu sentido imediato, atualmente, quase a afasta do saber filosófico), trazendo para o plano humano a capacidade de discutir o mundo, numa perspectiva além de suas singularidades e divergências étnico-culturais.

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http://justa-medida.blogspot.com/

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