Em um texto anterior, intitulado “Introdução ao Orientalismo”, busquei apontar alguns tópicos sobre a necessidade de estudar a história asiática. Um ponto que vêm se destacado neste resumido esquema de apresentação – e ao qual as pessoas tem me inquirido com um pouco mais de constância – trata da divisão entre orientalistas “academicistas” e os “exotéricos”, condição presente e indissociável do processo de formação daqueles que, porventura, acabam se interessando pelos estudos asiáticos. Neste pequeno texto, pois, explicitarei um pouco melhor esta questão, bem como discorrerei brevemente sobre a “terceira via” do orientalismo, ou, a possibilidade de fazermos estudos asiáticos de uma forma menos preconceituosa e problemática.
O que é a visão academicista?
Como bem afirmou J. Riviere (1979), "Para o homem ocidental, o Oriente é uma palavra que evoca as mais diversas e contraditórias imagens; provoca nele sentimentos de uma curiosidade freqüentemente pueril, de sonhos românticos que não correspondem à realidade, ou então imagens de miséria social, de repulsa, de piedade e de um temor irracional. Os juízos sobre a Ásia são geralmente elementares, parciais e definitivos; há, em resumo, uma curiosidade simpática ou uma incompreensão desconfiada, segundo o estado de espírito de cada um. Na realidade, o Ocidente ignora o Oriente e por isso o historiador francês René Grousset (1885-1952) pode escrever que "A revelação do pensamento indiano e do pensamento chinês equivale, para nós, à descoberta de diferentes seres humanos, de diferentes habitantes de outros planetas".
Esta afirmação é verdadeira, na medida em que o Ocidente busca, a fim de suprir esta falha, utilizar do prisma científico para iluminar o seu "desconhecimento" sobre o Oriente. Sabemos que na sociedade ocidental, o critério científico é tratado pelo senso comum como o referencial de “verdade” epistemológica, aplicando-se a todos os campos do saber existentes. Obviamente que tal critério já foi amplamente discutido por filósofos e historiadores - mas, ainda assim, ele encontra ressonância na sociedade e nos agentes constitutivos das ciências humanas. É bastante comum, por exemplo, observamos a relação absolutamente ilógica que um historiador ocidental possui com sua área de saber, quando pressupõe que uma boa formação acadêmica pode deixar de fora a história asiática – ou seja, mais da metade do mundo, com seus modelos históricos únicos – acreditando que o seu instrumental teórico-metodológico pode dar conta destas civilizações “se for necessário”. Não obstante, se chamado a opinar sobre o assunto, muitas das vezes ele contenta-se com a leitura breve de um manual qualquer, emitido juízos de valor sobre a história e cultura destas civilizações com uma irresponsabilidade que nunca assumiria perante o seu objeto de estudo particular.
Contudo, isso ainda não é o pior; ele pode buscar justificar que a história asiática não é válida para os nossos estudos, pois não faz “parte de nossa tradição cultural”; que a sua presença histórica é um “modismo”, que “devemos aplicar os recursos universitários com objetos de estudo que nos são familiares ou próximos”, como se a maioria dos trabalhos historiográficos tivesse uma função clara e mercadológica de gerar informações negociáveis. Ora, justamente por todos estes motivos é que a Ásia deveria ser estudada, como sabemos; mas o tacanho das respostas esconde o despreparo ao qual estão expostos determinados autores cujas formações acadêmicas não se encontram nem preparadas e nem dispostas a ir para além de sua estreiteza. A resposta para este problema pode ser encontrada, por conseguinte, no desenvolvimento da tradição orientalista no Ocidente.
Como foi muito bem apresentado por Edward Said em seu livro Orientalismo, o oriente que hoje conhecemos – com todas as suas indistinções e análises problemáticas – é fruto de uma construção acadêmica ocidental (se é que tal existe, talvez sendo melhor classifica-la como européia) que buscou subjugar tudo aquilo que estava fora de sua tradição histórica a um critério pseudo-científico, onde os outros (os asiáticos, no caso) foram classificados em degraus de uma hierarquia de saber que buscava provar, a todo tempo, sua inferioridade cultural, intelectual e racial.
As distorções causadas por este empreendimento são flagrantes e gritantes. Ensejando provar que o Oriente e a África eram o lar de um perene subdesenvolvimento, os centros acadêmicos buscaram valer-se de sua autoridade como “produtoras de conhecimento” para afirmar que tais mundos de civilizações nunca haviam conseguido alcançar um nível satisfatório de ciência, saber e história. Suas vidas seriam irracionais, suas realizações baseadas num empirismo primitivo, sua qualidade de vida ausente (exceto para os déspotas). Tal ambiente formou-se principalmente no século XIX, mas podemos afirmar que em várias partes do mundo (como no Brasil) ele continua a existir.
Eis a razão pela qual, por exemplo, achamos exótico e irracional um chinês comer grilos, ou um indiano não comer vacas. Não aprendemos a nos perguntar qual a justificativa para se matar uma vaca além de uma noção cultural que privilegia o consumo de sua carne, ou pelo fato de acharmos insetos animais pouco comestíveis. Preferimos acreditar que tudo que fazemos é realizado dentro de uma razão científica que a tudo justifica e dá resposta. Do mesmo modo, como classificamos os orientais de estranhos e primitivos, suas produções culturais não são interessantes senão pelo aspecto exótico. Temos estas sociedades como incompreensíveis, diante de sua obstinação em não aceitar por completo os nossos padrões ocidentais de razão e ciência, que são – para nós – universais, completos e bem fundamentados. Neste momento, portanto, esquecemos que nós mesmos somos capazes de criticar noções como “verdade absoluta” e aplicamos sobre eles nossas crenças tais como se estas fossem baseadas na mesma “verdade absoluta” que nos dirige e sustenta. A contradição se mantém pela gaiola que esta idéia constrói ao redor do conhecimento; ou, quem pode se dedicar a um estudo tão pouco “sério e desinteressante” das civilizações asiáticas sem ser questionado se o mesmo é “viável e pertinente” a academia?
Devemos considerar, no entanto, que todos os países com experiências imperialistas recentes (ou seja, os próprios construtores do orientalismo) foram obrigados a rever suas posições, seja pela re-descoberta da autenticidade dessas civilizações, seja pela necessidade estratégica surgida com o advento do comunismo e das grandes guerras ao longo do século XX. Parece então que os últimos redutos deste orientalismo reticente fincaram-se nas sociedades “periféricas”, tal como Brasil, onde persiste a concepção de que o estudo da Ásia é algo secundário. Não é de se estranhar; nos tempos do regime militar, combatia-se a União Soviética – e não havia nenhum curso sobre ela na faculdade de história; para os que admiravam os Estados Unidos (ou mesmo, para os que o tratavam igualmente como o grande inimigo), a frustração era dupla – este país não era incluído em nenhuma disciplina, obrigatória ou opcional. O que se esperar, portanto, de uma sociedade acadêmica que só recentemente adotou a obrigatoriedade do ensino de história da África (ainda que ela seja feita por especialistas que só consideram história da África como a presença da escravidão negra no Brasil!!!! E a suas bases originais, e a história da África em si?).
A visão academicista pode ser resumida, por fim, como a tentativa constante, no âmbito universitário, de legitimar o preconceito através de um critério pseudo-científico e cultural que submete o orientalismo a uma hierarquia imaginária de civilizações. Tal se dá por meio de uma produção acadêmica que, supostamente, traz consigo uma estampa de credibilidade e racionalidade – critérios que, se devidamente aplicados, teriam trazido ao campo das ciências humanas uma outra perspectiva sobre a Ásia e a África. Repetindo a consideração de Boaventura de Sousa Santos, "Do ponto de vista do Ocidente, o Oriente é a descoberta primordial do segundo milênio. O Ocidente não existe fora do contraste com o não-Ocidente. O Oriente é o primeiro espelho da diferença neste milênio. É o lugar cuja descoberta descobre o lugar do Ocidente: o centro da história que começa a ser entendida como universal. É uma descoberta imperial que em tempos diferentes assume conteúdos diferentes. O Oriente é, antes de mais, a civilização alternativa ao Ocidente — tal como o sol nasce a Oriente, também aí nasceram as civilizações e os impérios. Esse mito das origens tem tantas leituras quantas as que o Ocidente tem de si próprio, ainda que estas, por seu lado, também não existam senão em termos da comparação com o que não é Ocidental. Um Ocidente decadente vê no Oriente a Idade do Ouro; um Ocidente exaltante vê no Oriente a infância do progresso civilizacional". Presa a estas visões, muitas vezes a academia justamente de fazer o seu trabalho, que é livrar-se delas...
A visão Exotérica
O nome já diz, esta visão situa-se “fora” da nossa tradição. Ela surgiu como uma alternativa à decepção gerada pela ciência e pela religião ocidental de tentar explicar o mundo numa perspectiva salvacionista, que se mostrou falha e contraditória; afinal, a medicina não prometeu a cura de vários males que ainda afligem a humanidade? O cristianismo não prometeu a melhora espiritual do mundo? O que houve, então, que fez com que os saberes ocidentais não cumprissem a promessa de melhorar o mundo?
Claro que esta sucinta abordagem não deixa de ser relativamente superficial, mas é verdadeira. Nós, ocidentais, sentimos que esta hierarquia cultural não melhorou em muito a vida de várias das sociedades que integram o “Ocidente”. A pobreza e a hipocrisia ainda corrompem algumas das mais legítimas tentativas da ciência de melhorar o mundo. Imbuídos desta constatação crítica, a partir do mesmo século XIX um número substancial de intelectuais, viajantes, curiosos, teólogos e cientistas dirigiu seus olhares para o Oriente na busca de uma resposta a suas indagações. Há algum lugar no mundo em que tais problemas possam ser respondidos de outra maneira? E se há, qual é esta resposta? O que fazia com que budismo, taoísmo, confucionismo ou hinduísmo continuassem a sobreviver como disciplinas morais e religiosas após séculos de uma história ainda mais antiga que a do cristianismo? Como explicar que a China havia inventado o papel, a bússola, a pólvora, a porcelana, descoberto o aço séculos antes do Ocidente e ainda assim, nesta mesma época, ser uma civilização tão “atrasada” aos olhos dos ocidentais? Enfim, estas civilizações eram realmente inferiores ou elas escondiam algum tipo de “segredo”?
Para este grupo de peregrinos e estudiosos, a resposta se deu ao avesso do academicismo; o Oriente era o centro de uma produção “espiritual” que não tinha equivalente na Europa. Fenômenos de controle do corpo e da mente demonstrados pela yoga, a sabedoria simples e eficaz dos ditos e a medicina naturalista dos chineses, tudo isso compunha o cenário bucólico de uma insuspeita evolução sagrada que havia abandonado a tecnologia em prol do bem-estar humano. Tratava-se de um paraíso perdido, a Shangri-lá que muitos exploradores ainda procuravam no século XIX em plena Ásia.
Claro que esta visão dispensava de sua análise a estrutura autoritária do império chinês, ou a difícil vida do camponês indiano, a sua vida delimitada pelo sistema de castas....no entanto, o Oriente deveria ser olhado por seu saldo positivo. E de fato, os exotéricos – graças a um tipo de dedicação especial que não existia entre os acadêmicos – tendiam a se tornar grandes especialistas nas línguas e culturas asiáticas, dominando aspectos dos idiomas, crenças, costumes, pensamentos e religiões que escapavam aos universitários. Onde não lhes faltava vontade, faltava porém método e conhecimento histórico. Daí porque as análises deste grupo oscilarem constantemente entre uma profundeza intelectual capaz de contestar seriamente as propostas acadêmicas e uma superficialidade ou ingenuidade quase infantil.
Podemos citar casos disso; de Richard Wilhelm, por exemplo, um dos melhores tradutores do Tratado das Mutações (I Jing), foi um religioso alemão interessado em converter os chineses e que, de tanto se fascinar com sua cultura, praticamente terminou “convertido” ao taoísmo. Não nos atenhamos, porém, ao critério da fé pessoal: o fato é que sua tradução do I Jing é profunda, densa, muito bem acabada e feita, apurada, feita com um zelo dignificante, que a tornou um ponto de referência para qualquer exotérico ou acadêmico; no entanto, seu livro sobre história da China (1925) é fraco, superficial, opinativo, quase um pálido panfleto perto de sua tradução do I Jing. Outro famoso orientalista francês, René Guenon, perambulou por entre vários sistemas religiosos asiáticos até terminar como um sufi islâmico, e uma boa parte de suas obras que contém análises simbólicas das religiões orientais destaca-se por sua erudição; contudo, ao referir-se às bases destas tradições, ele nunca vai além do que elas próprias lho informam, citando-as de forma acrítica, superficial e realizando justamente o inverso do academicismo – ou seja, colocando-as como “verdades”, em contraponto aos “enganos” das tradições ocidentais. Podemos ainda citar outros: John Blofeld, estudioso do taoísmo e do budismo chinês; Frithof Schuon, criador da Sofia Perennis, um tipo de “filosofia” que buscava a unidade das religiões; Allan Watts (filósofo principal das gerações “hippies”, embora seus pronunciamentos se dirigissem a academia), etc....todos estes autores tem alguma interessante contribuição a dar ao orientalismo, mas todas devem ser tomadas com extremo cuidado.
O problema destes trabalhos é o de estarem calcados num estereótipo às avessas do oriental; um ser misterioso, religioso, profundo, espiritual, entendedor natural de sua cultura, que lhe permite sempre ser (em potencial, segundo nossa crença) um mestre em artes marciais, pintura, medicina, cozinha, religião, sabedoria, filosofia....e tudo mais que buscarmos encontrar nele. Sobre o oriental, esta corrente projeta todos os seus anseios de realização não atingidos pelo “ocidentalismo”; por outro lado, mostra a todos as latentes contradições que existem em nossa cultura, a incapacidade de ver o outro como um ser legítimo, e a dificuldade cíclica em acompanhar seu desenvolvimento histórico e cultural. Atravessando o século XX, ela chega até os dias de hoje mesclando-se com práticas religiosas e mágicas diversas que compõe o movimento conhecido como “Nova Era”.
Uma terceira Via
A par destas duas correntes creio que deva ser necessário, por conseguinte, apresentar o que pode ser uma “terceira via” do conhecimento ocidental sobre o Oriente. Partimos desde o início da seguinte consideração: não somos orientais, nem podemos pretender sê-los (como os exotéricos anseiam) por uma série de questões que englobam a estrutura de nosso processo de formação cultural; no entanto, devemos asseverar a importância do senso crítico e da capacidade que temos de utilizar as ciências como instrumento (e não como fim) do conhecimento. Para tanto, podemos perfeitamente utilizar de nossos métodos contanto que o sejam para compreender – e não provar uma concepção a priori – que se apresenta no decurso de nossos estudos sobre uma outra civilização. Quero enfatizar este ponto: um dos erros muito comuns nas atuais ciências humanas é o de aventar uma hipótese antes de nos aprofundarmos num determinado objeto de estudo. Quando nos deparamos com um diferencial em nosso objeto de estudo, tendemos a afastá-lo ou minimizá-lo de nossa “experiência” para provar o que estamos dizendo, ao invés de rever a hipótese – um processo muito comum no meio universitário. Em muitos casos, o próprio especialista não comete este erro com um intuito vilanesco – mas, incapaz de aceitar que sua pesquisa possa tomar um outro rumo – pois ela é baseada num método científico eficaz - , ele encontra na peça que não se encaixa em sua análise um “diferencial” cultural típico do exótico que constitui o objeto, rejeitando-o com uma particularidade pouco pertinente.
Ou seja, tendemos a afastar aquilo que não buscamos de nossas pesquisas, quando estes indícios podem significar, justamente, um fator novo. Um exemplo excelente da abertura intelectual que constitui esta “terceira via” esteve presente na escola indológica francesa na primeira metade do século XX. Constituída por grandes especialistas com Louis Renou, Jean Filliozat, Jean Varenne e Massou-Oursel, tal se deparou na época com a sensação causada pela difusão da Yoga na Europa com uma modalidade esportiva e religiosa. Em meio à controvérsia do “que seria a Yoga?”e das possíveis conseqüências de sua prática física, estes especialistas se propuseram a avaliar em conjunto a eficácia e os desdobramentos da yoga na sociedade indiana, bem como de seus propalados efeitos “sobrenaturais”. O resultado pode ser visto no livro de yoga de Masson-Oursel, que nos apresenta um panorama bem diverso desta disciplina; para além de uma disciplina religiosa, a yoga tinha notáveis efeitos físicos – alguns explicáveis a luz da ciência ocidental, outros não. O interessante desta abordagem reside na constatação de que algumas das coisas “inexplicáveis” da yoga não eram necessariamente frutos de uma devoção religiosa; alguns efeitos físicos eram embustes, outros eram reais, mas se podia atingir os resultados desta prática apenas com a própria yoga – independentemente de uma vinculação religiosa específica. Mircea Eliade, pesquisador romeno especializado em história das religiões, também dedicou-se a yoga em sua juventude, constatando seus efeitos físicos benéficos sem taxá-los de sobrenaturais ou de truques; tratar-se-ia tão somente de uma disciplina que não conhecemos, tal como às vezes a medicina ocidental também é desconhecida dos orientais.
Tal se dá, igualmente, com o estudo da história chinesa. Enquanto o Ocidente tratou a antiguidade chinesa como uma construção mítica e “inferior”, a academia recusou a historiografia nativa pela ausência de uma comprovação histórica, enquanto os exotéricos a tratavam de uma tradição “hermética”. A sinologia francesa, já no final do século XIX, através de Edouard Chavannes, iniciou um processo sério de revisão destes paradigmas, sendo a primeira linha de estudos a buscar compreender a China por ela mesmo – projeto concretizado na figura de seu maior e melhor aluno, Marcel Granet, cujos trabalhos revolucionaram o estudo da China no Ocidente em função das inúmeras possibilidades teóricas e metodológicas por ele aventadas.
Vemos, portanto, que temos todo as condições disponíveis de fazer um estudo sobre o Oriente que busque, antes de tudo, conhecê-lo em função dele mesmo. Não podemos ser ingênuos, claro, de acreditar que em nenhum momento estamos em busca de algo na China ou na Índia que esteja ausente em nós mesmos – mas a leitura da alteridade, se bem conduzida, pode nos proporcionar respostas científicas e humanas cujo potencial crítico, intelectual e sapiencial ainda nos é pouco familiar. Como disse o grande mestre Confúcio:
Zizhang perguntou: "Quando é possível dizer que um erudito alcançou uma percepção superior?" O Mestre disse: "Depende: o que entendes por 'percepção'?" Zizhang respondeu: "Ser reconhecido na vida pública, ser reconhecido na vida privada". O Mestre disse: "Isso é reconhecimento, não percepção. Para alcançar a percepção, um homem tem de ser talhado em madeira reta e amar a justiça, examinar as palavras dos homens e observar suas expressões, e ter em mente a necessidade de deferir aos outros. Quanto ao reconhecimento, basta assumir um ar de virtude, ainda que comportando-se contrariamente. Mantém apenas uma aparência imperturbável, e certamente obterás reconhecimento na vida pública, e certamente obterás reconhecimento na vida privada" (Lunyu, 12).
Sugestões Bibliográficas
Como sempre, algumas indicações sucintas para o leitor se informar melhor acerca da questão do orientalismo.
Eliade, M. A provação do Labirinto. Lisboa: Don Quixote, 1987.
Campbell, C. A Orientalização do Ocidente. In Religião e Sociedade, 18/1. Rio de Janeiro: ISER, 1997.
Said, E. Orientalismo. Rio de Janeiro: Companhia das letras, 1998.
Riviere, J. Oriente, Ocidente. Rio de Janeiro: Salvat, 1979.
Riviere, J. “Orientalistas” em Canal Social (Enciclopédia eletrônica). http://www.canalsocial.net/GER/ficha_GER.asp?titulo=ORIENTALISTAS&cat=cultura
Boaventura de Sousa Santos, O Fim das Descobertas Imperiais.http://www.antroposmoderno.com/textos/ofim.shtml
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