É comum que todos se perguntem: como as nações da Ásia, depois de serem atacadas, roubadas e colonizadas pelos europeus conseguiram em tão pouco tempo se levantar, retomar o curso de suas vidas e ainda, tornarem-se potências mundiais? A pergunta é válida, principalmente para o Brasil, que nunca foi invadido e, no entanto, parece que não decola de jeito nenhum.
No caso da China, área que estudo em particular, a reposta é óbvia e clara, mas parece que ainda não entrou na cabeça dos políticos e educadores do país: a solução é mesmo a educação! E isso não é apenas propaganda. A China é uma civilização que está aí há pelo menos 3000 anos, e seu sentido de educação é aquele que justamente dá valores a sociedade, organiza-a e a mantém estruturalmente ligada. Inspirados em Confúcio (dos século 6 – 5 a.C.), sábio chinês que criou a concepção fundamental de educação na China Antiga – estudar é o único meio de aprender e realizar-se a si mesmo -, os chineses são um exemplo vivo de que esta idéia dá certo. Ao longo de sua história, os chineses constumam considerar que os momentos de crise são, inclusive, aqueles em que educação habitual falhou, e tal perspectiva os tem conduzido por milênios em meio a todos os problemas que afetaram sua sociedade. O que esta experiência nos traz, portanto? Algumas conclusões que deixam os educadores modernos incomodados (mas diante do sucesso chinês, são uma oportunidade para refletir); eles consideram a educação um processo de evolução pessoal, e para isso não há tréguas no estudo; reprovações são consideradas uma vergonha (e elas existem, já que significam que alguém não domina este saber), pois numa sociedade altamente competitiva como a chinesa, a reprovação é encarada como uma necessidade de selecionar os mais capacitados – o que não significa que os índices de depedência são altos, ao contrário – a existência deste sistema impulsiona uma pressão cujas consequências, já devidas pesadas, se mostraram mais positivas do que prejudiciais; eles também criaram o sistema de exames educacionais, que foi copiado pelos jesuítas no século 16 e se transformou no vestibular e nos concursos públicos – até hoje, consideram-no o melhor método para aferir as capacidades dos alunos, a eficácia da educação e, principalmente, um critério de justiça com um saber real e de fato; por fim, aprovações automáticas ou ausência de leitura são consideradas surreais, inadmissíveis e pouco toleradas. Radical? Pode ser. Mas a China é responsável por quase 220 milhões de alunos, que tem que cumprir, no mínimo, 9 anos de ciclo fundamental. Uma falha qualquer seria uma catástrofe. A China é, de qualquer jeito, um desafio secular para nossas concepções modernas.
No caso da China, área que estudo em particular, a reposta é óbvia e clara, mas parece que ainda não entrou na cabeça dos políticos e educadores do país: a solução é mesmo a educação! E isso não é apenas propaganda. A China é uma civilização que está aí há pelo menos 3000 anos, e seu sentido de educação é aquele que justamente dá valores a sociedade, organiza-a e a mantém estruturalmente ligada. Inspirados em Confúcio (dos século 6 – 5 a.C.), sábio chinês que criou a concepção fundamental de educação na China Antiga – estudar é o único meio de aprender e realizar-se a si mesmo -, os chineses são um exemplo vivo de que esta idéia dá certo. Ao longo de sua história, os chineses constumam considerar que os momentos de crise são, inclusive, aqueles em que educação habitual falhou, e tal perspectiva os tem conduzido por milênios em meio a todos os problemas que afetaram sua sociedade. O que esta experiência nos traz, portanto? Algumas conclusões que deixam os educadores modernos incomodados (mas diante do sucesso chinês, são uma oportunidade para refletir); eles consideram a educação um processo de evolução pessoal, e para isso não há tréguas no estudo; reprovações são consideradas uma vergonha (e elas existem, já que significam que alguém não domina este saber), pois numa sociedade altamente competitiva como a chinesa, a reprovação é encarada como uma necessidade de selecionar os mais capacitados – o que não significa que os índices de depedência são altos, ao contrário – a existência deste sistema impulsiona uma pressão cujas consequências, já devidas pesadas, se mostraram mais positivas do que prejudiciais; eles também criaram o sistema de exames educacionais, que foi copiado pelos jesuítas no século 16 e se transformou no vestibular e nos concursos públicos – até hoje, consideram-no o melhor método para aferir as capacidades dos alunos, a eficácia da educação e, principalmente, um critério de justiça com um saber real e de fato; por fim, aprovações automáticas ou ausência de leitura são consideradas surreais, inadmissíveis e pouco toleradas. Radical? Pode ser. Mas a China é responsável por quase 220 milhões de alunos, que tem que cumprir, no mínimo, 9 anos de ciclo fundamental. Uma falha qualquer seria uma catástrofe. A China é, de qualquer jeito, um desafio secular para nossas concepções modernas.
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