Um dia, o bibliotecário começou a ficar com preguiça de pegar os livros, principalmente nas estranhas e quase desconhecidas prateleiras mais altas. Teve, então, uma idéia genial, que foi propor ao seu chefe.
- Chefe, vou comprar um macaco.
- Ué, pra que? - respondeu o chefe.
- Andei pensando; vou treiná-lo para pegar os livros nas estantes mais altas, e ensinar ele a ler, para identificar o título dos livros.
O chefe desconfiou da idéia, mas como mau funcionário público que era, e afeito ao pouco serviço, aceitou a proposta do bibliotecário - afinal, se desse certo, poderia ajudar em muito na comodidade dos dois.
Tempos depois ele encontrou o bibliotecário mal humorado, resmungando e praguejando das coisas. Como todo péssimo chefe de repartição, resolveu inquiri-lo sobre o porque não estava sorrindo, e onde estava o raio do macaco. O bibliotecário respondeu:
- Pois é, no início o macaquinho fez o seu trabalho muito bem. Ensinei ele o que precisava, e em troca dos seus serviços umas frtutinhas já bastavam. O problema é que ele começou a ler os livros; depois, já consultava os livros inacessíveis das prateleiras mais altas, e seu conhecimento aprofundou-se. Recusou-se a continuar o trabalho, e foi atrás de um doutorado.
Chefe e bibliotecário se lamentaram; teriam que continuar sua faina.
Comentário: O moral desta história é o seguinte: ninguém pode fazer por você o que só você pode fazer.
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